Estudante é espancado até a morte dentro de casa após suspeita de estuprar duas crianças
07/10/2025
(Foto: Reprodução) Estudante foi espancado até a morte dentro de casa, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife
Reprodução/Instagram
Um estudante foi espancado até a morte dentro da casa onde morava, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O linchamento aconteceu na noite do domingo (5), após os agressores suspeitarem que Muriel Prado de Melo Junior, de 32 anos, teria estuprado duas crianças, uma de 7 anos e outra de 9 anos.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma equipe ao local às 20h40 e disse que Muriel morreu durante o atendimento dos socorristas. A Polícia Civil informou que o caso foi registrado pela Força-Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Sul e que investiga os crimes de estupro de vulnerável e homicídio.
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Muriel era formado em letras e fazia mestrado na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Em nota de pesar, o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (Progel) da UFRPE lamentou a morte do estudante e se solidarizou com a família dele.
"Muriel foi representante de turma do Progel, no ciclo 2024/2025, sempre muito solidário, generoso, amigo (...) Muriel deixa, entre nós, não apenas a lembrança da sua dedicação acadêmica, mas também sua presença generosa", disse o comunicado.
Histórico de estupro de vulnerável
Na Primeira Vara Criminal da Comarca de Jaboatão dos Guararapes, Muriel Prado respondia a um processo por violência doméstica contra a mulher e estupro de vulnerável.
Em 2018, a família da vítima solicitou medidas de proteção de urgência para resguardar a integridade física e psicológica da menor de idade. Porém, só em 2024 a Justiça decidiu não conceder a medida. A decisão foi justificada pela demora na avaliação judicial do caso e falta de provas suficientes do crime.
O processo está "arquivado provisoriamente" no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O g1 solicitou ao TJPE outras informações sobre o processo, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
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